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10 de março de 2010

12 Causas para uma lesão



Causas que podem gerar lesões

 Por vezes uma pessoa que corre, pode ser atingida por uma lesão sem dar muito bem conta dos motivos por que a mesma surgiu. Primeiro começa uma ligeira impressão, para depois, ao fim de alguns dias ou semanas transformar-se numa dor aguda que impossibilita correr, como da mesma forma, pode surgir de um momento para o outro, em plena corrida.

Para uma maior prevenção contra este tipo de situações e no intuito de dar um maior esclarecimento a quem gosta de correr, vou dar uma imagem, das principais causas do aparecimento regular de lesões, sempre tão desmoralizantes para qualquer entusiasta de um simples desporto como é a corrida a pé.

1- Fraca flexibilidade-
Os nossos músculos tensos e rígidos estão mais sujeitos a lesões do que outros bem exercitados ao nível da flexibilidade. Este é um problema sempre esquecido pelos corredores desejosos de fazerem mais uns minutos de corrida, desprezando quase sempre alguns importantes exercícios adequados a isso. Nunca se esqueça deles antes e depois da sua corrida e comece em forma descontraída e lento.

2 - Pé fraco-
Os nossos pés tocam no solo à razão de 1000 batimentos durante um período de 7 a 12 minutos de corrida, conforme a amplitude da passada e o andamento de treino. Estes números podem parecer exagerados, principalmente se pensarmos que durante, por exemplo, uma semana qualquer, um corredor mediano cobrirá facilmente um total de 5 a 7 horas de corrida, ou seja, qualquer coisa como 30.000 a 42.000 batimentos no solo! Com estes dados é mais fácil começarmos a compreender a razão da maioria das lesões se situar no conjunto ósseo-muscular da zona do pé. Ao mesmo tempo, muitos podem pensar em como têm tido sorte de nunca se terem lesionado em tal zona. O atleta deve ter sempre o conjunto articular do pé musculado e preparado para os esforços a que se propõe. Caso contrário, mais cedo ou mais tarde, vêm as lesões. Tenha muito cuidado com o tipo de sapatos que utiliza e com os terrenos em que corre.

3 - Excesso de treino-
Se tem pouca base de quilómetros, um aumento súbito dos mesmos é a certeza de lesão. O organismo do ser humano é uma excelente máquina bem preparada para tudo, mas que deve ser exercitada gradualmente de forma a possibilitar um equilíbrio dos diferentes esforços. Se é certo que a maioria dos principiantes procura absorver cada pormenor da corrida tendo em vista a progressão rápida,não nos podemos esquecer que quanto mais rápida for a progressão mais perigos existem de lesões.
Tenha calma, viva cada nova etapa aquele conselho que também lhe deram, mas nunca procure « mostrar-se » como a « grande vedeta ». Quanto melhor for o ambiente em que treina, melhores são as possibilidades de assimilação do esforço e o consequente fortalecimento moral e físico.

4 - Descuidos nos Períodos Fracos-
Ao mínimo sinal de lesão tenha calma. Mais vale perder um treino do que estar meses e meses parado. Da mesma forma, quando recomeçar os treinos depois de qualquer lesão, procure respeitar as normas que o seu médico lhe aconselhou, uma lesão mal curada é algo que fica sempre para a vida desportiva do atleta e as suas mais graves consequências só se vêm a repercutir anos mais tarde.
Nos períodos mais fracos da sua saúde, procure diminuir também a preparação. Lembre que o corpo não é uma máquina indiferente a avarias.

5 - Falta de Apoio-
Existem vários especialistas que recomendam o repouso como o melhor remédio para a cura dos males. Enfim, hoje está provado que o movimento, desde que respeitando as suas consequências fisiológicas, é algo bem mais importante do que se imaginaria há algumas dezenas de anos atrás.
Tenha sempre o cuidado de procurar apoio técnico junto de pessoas competentes e que sintam os problemas dos corredores.

6 - Fatores Ambientais-
Procure um grupo de corrida otimista, que encare a preparação como algo de descontração e bem estar e nunca como aquela alavanca que vai possibilitar vencer tudo e todos. O meio ambiente é fundamental para a forma de encontrar o seu equilíbrio e adapta-se ao esforço exigido. Para os colegas de corrida novos tenha sempre uma palavra amiga, deve aparecer sempre como uma excelente forma de descontração e nunca como uma carga para prejudicar o bem estar de cada um.
Procure correr descontraído e de preferência em grupo. Um bom ambiente de treino, em que cada um « brinca » com o colega, é um excelente método para a descontracção e bem estar do corredor.
Um corredor que se encontre só no seu treino habitual está mais sujeito a abandonar a actividade e a irritar-se com pequenos nadas. Viva o treino, brinque com o seu colega do lado, aproveite para contar e escutar as despreocupações de cada um e assim o treino surgirá como um bom « banho » de prazer e não como uma continuação das possíveis preocupações diárias.

7 - Hábitos Impróprios de Treino-
Súbitas mudanças de intensidade, duração e frequência dos seus treinos devem ser evitados. Da mesma maneira, mudanças de tipo de piso (de mole para duro, por exemplo) e métodos podem ter graves repercussões. Procure, a pouco e pouco encontrar o método de preparação que mais garantias de rendimento lhe possibilite, assim como uma certa segurança na progressão da actividade. Se o seu colega, às quartas feiras, tem por esquema subir a montanha mais próxima, isso não significa que também o tenha que fazer.
Cuidado, a progressão é um excelente « remédio » para afugentar as lesões.

8 - Stress Tensão-
As lesões surgem normalmente nos períodos difíceis do corredor, não só, por exemplo, por se  treinar em excesso, mas também, por outros casos de tensão do seu dia a dia. Um atleta tenso suporta mal os esforços, irrita-se mais com mais facilidade, é mais vulnerável à doença.
Sintomas de insóniasfadiga geral e fácil irritação são sinónimos de excesso de treino sempre possíveis de evitar.

9 - Desequilíbrio Muscular-
Se observarmos os corredores que treinam, por exemplo só em terrenos acidentados, facilmente concluiremos que os seus músculos inferiores se encontram desenvolvidos. O inverso também é verdade, principalmente para aqueles que só correm em torno de uma pista.

Estes dados demonstram que certos grupos musculares ficam mais desenvolvidos do que outros e quando, por qualquer motivo, se muda de terreno, tais grupos, em regra pouco solicitados no treino, acusam o esforço e lesionam-se. Sob o ponto de vista científico, este problema é demonstrado pelas variações do esforço entre os músculos agonistas, solicitados para o esforço e os antagonistas, em descontração. Assim ao correr há alguns músculos que descansam e outros que estão em plena actividade, numa sucessão que ao fim, permite o melhor rendimento.

Na prática, deve-se variar os tipos de terreno e respectivas percentagens de inclinação de forma a possibilitar uma perfeita e desejável musculação natural. Paralelamente, é importante, também, um reforço gradual dos músculos abdominais e quadrípedes.

10 - Desigual Comprimento das Pernas-
É muito raro as nossa pernas serem rigorosamente iguais, ou melhor terem o mesmo comprimento e cerca de 50% dos corredores têm lesões originadas por esse fato. As diferenças são apenas de alguns milímetros mas, como dito anteriormente, as milhares de passadas começam a fatigar mais um determinado local do que outro e, depois aí estão as micro lesões, cujas consequências são por vezes bem graves.

Atingido por elas, o corredor, normalmente, não pensa que a causa pode estar num ou outro milímetro de diferença entre as suas pernas esquerda e direita. Limita-se a usar esta ou aquela pomada, a dor desaparece para voltar pouco tempo depois, sem que se saiba muito bem como. Geralmente recorre-se a falar mal da pomada, muda-se para uma outra, mas a causa do mal fica intocável e muitas vezes desconhecida.
Aconselha-se uma consulta a um bom especialista (de preferência que seja um corredor...) .

11 - Falta de Massagem Muscular-
Aplicada por um especialista em Medicina Desportiva, a massagem profunda é bastante eficaz para melhorar a zona dos tecidos afetados e dos músculos rijos, no entanto se não houver essa possibilidade, aconselha-se depois de cada treino a fazer uma auto-massagem nas pernas, sempre de baixo para cima.

12 - Sapatos Velhos e gastos -
Tenha sempre em atenção que muitas das lesões podem ter a ver com o desgaste natural dos nossos sapatos de corrida, é preferível trocar de sapatos, assim que eles começam a dar mostras de desgaste do que, ter de parar um ou dois meses por causa deles.

Autor: Manuel Sequeira

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