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4 de fevereiro de 2013

Prostitutas e a Copa do Mundo



Prostitutas aprendem inglês para atender clientes na Copa

Toda vez que falo sobre prostituição chovem pessoas dizendo que faço apologia e que isso é errado. Antes de tudo, vamos lá. Prostituição por livre e espontânea vontade, como acontece quando mulheres adultas escolhem essa profissão, legalmente, não é errado – o errado são cafetões e cafetinas, tráfico de pessoas e exploração de menores. Outra coisa, falar sobre um assunto e mostrar o outro lado das coisas não é fazer apologia, é informar. Dito isso, vamos ao que interessa.

A Associação de Prostitutas de Minas Gerais fechou 2012 em grande estilo com o 1º “Miss Prostituta”, que deu prêmio de R$ 3 mil para a vencedora e um contrato publicitário, e começa 2013 arrasando numa iniciativa que vai tornar o trabalho de muitas garotas mais fácil durante a Copa.

Aulas de inglês. Isso mesmo, a associação está organizando aulas de inglês para que as prostitutas possam combinar melhor preços, atividades sexuais e atender melhor seus clientes estrangeiros que a Copa do Mundo promete trazer ao país. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Da mesma maneira que médicos, taxistas, garçons e vendedores de loja, por exemplo, deveriam estar trabalhando melhor seu inglês para não perder vendas, as garotas associadas ao grupo vão aprender algumas coisas básicas, e outras nem tanto, para fazer melhor seu trabalho.

O nome disso é profissionalização, o que só indica que o caminho de uma legislação que proteja a classe é importante. As prostitutas estão, há anos, organizadas e vêm melhorando suas associações nos últimos tempos. Como todo tipo de profissão, leis que protejam os trabalhadores e garantam seu bem-estar e saúde mostram a evolução da sociedade – independentemente de suas crenças religiosas ou morais.

Um projeto de lei vem sendo discutido para regulamentar – criar regras para que o trabalho seja respeitado e acabar, consequentemente, com tráfico de pessoas e exploração de crianças e adolescentes – a profissão. Seu nome é Lei Gabriela, em homenagem a fundadora da Daspu, e é uma ideia do deputado Jean Wyllys.


Fonte: Carol Patrocínio

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