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27 de outubro de 2010

Pais permissivos e filhos arrogantes

Comportamento: Família - A armadilha que sufoca

A família deve ser o suporte que cada um necessita para daí alçar seu voo de atuação na vida, de maneira consciente e proveitosa.

Muito comum nos dias de hoje é o marido chegar em casa cansado, querendo ler o seu jornal, enquanto a esposa o recebe com fisionomia fechada, sentindo-se soterrada por uma rotina sufocante. E os filhos, por sua vez, entram em casa já pensando no namorado ou no programa da noite.

Cada um está preocupado consigo mesmo. Ninguém percebe o outro e suas necessidades. Não há troca de idéias, reconhecimento ou participação uns na atividade dos outros.Vivem sob o mesmo teto, porém, centrados em si mesmos.

É a confusão entre o desenvolvimento da individualidade de cada um e o individualismo egoísta. Este é cultivado em alto nível nos nossos dias, constituindo uma verdadeira armadilha que sufoca e aprisiona as pessoas, gerando muitas insatisfação e hostilidades veladas ou não, nos inter relacionamentos humanos. Vive-se um aglomerado de pessoas, cada um com seus interesses próprios, que se chocam a cada momento com os interesses dos outros.

Enquanto se desenvolve nos pais um aparente servilismo de amor bonzinho e permissivo, bem de acordo com a onda de sentimentalismo da nossa época, os filhos se tornam exigentes e arrogantes, recebendo com naturalidade tudo que querem, ficando atrofiados na capacidade de buscar por eles mesmos, aquilo que pretendem da vida.

Este modelo de família apresenta inúmeras distorções, que retardam e muitas vezes até paralisam a necessária movimentação de cada um, para o seu próprio desenvolvimento interior e evolução.

Os padrões de comportamento aí vivenciados e assimilados são transpostos para o ambiente profissional, ocorrendo então arrogâncias, imposições, exigências descabidas, “temperamentos” explosivos, etc., difíceis de lidar, o que perturba sobremaneira os ambientes de trabalho e emperra o desempenho profissional.

O apoio mútuo, o interesse sadio, o respeito pelas experiências individuais, o incentivo ao trabalho profícuo e ampliação das capacitações de cada um deve ser cultivado desde o berço, no núcleo familiar. Aí se tem também, a oportunidade de corrigir as tendências negativas que possam surgir em cada um, firmando um código de verdades, de comportamentos positivos e elevados, possibilitando a troca justa e equilibrada entre as pessoas, o que é um excelente treino para a atividade posterior, no campo de trabalho.

A família deve ser o suporte que cada um necessita para daí alçar seu voo de atuação na vida, de maneira consciente e proveitosa.

Cabe aos pais ainda tornar este ideal possível, para virem a colher de seus filhos alegrias ao invés de dissabores, que muitas vezes colhem e, principalmente, terem a tranquilidade de um dever, galhardamente, cumprido.

Texto: Alice Magalhães Carrozo

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11 comentários:

Luís Eduardo Pirollo disse...

Meu caro amigo Paulo, buenas!!!
Adorei a mensagem meu amigo, excelente para que todos reflitam sobre o assunto. A humanidade no decorrer dos ultimos tempos vem perdendo muito no que se refere a vida em comum, vários sentimentos foram sendo deixados de lado e cedendo lugar para uma vida individual e fria... Precisamos resgatar a fraternidade e a caridade, a família e os país devem ser os primeiros a plantar esta semente para os filhos.
Parabéns pela excelente postagem!!!
Grande abraço e muita paz!!!

Anônimo disse...

Olá querido amigo Paulo !!!

Incrível este texto, obrigada por compartilhar !
Acho que esta frase resume bem os efeitos nocivos deste comportamento, muito atual :
"Este modelo de família apresenta inúmeras distorções, que retardam e muitas vezes até paralisam a necessária movimentação de cada um, para o seu próprio desenvolvimento interior e evolução."
Sem sombra de dúvida, enquanto imperar esta relação distante e egocêntrica, sem revisão de valores, todos os envolvidos só tem a perder.
Muito bom !

Um enorme abraço !!

Jackie Freitas disse...

Olá Paulo querido!
Muito bom esse texto! Eu tento dosar um pouco da educação que tive com algumas doses de suavidade dos dias atuais. Aqui em casa SEMPRE conversamos sobre tudo e nada empurramos para debaixo do tapete ou deixamos para amanhã. A regra básica e que não abrimos mão é o respeito!O amor é base para tudo, mas se não houver respeito, o amor fica desgastado. Isso nas relações com os filhos é importante! Não somos de passar a mão na cabeça de ninguém! Mentira é inaceitável! Os erros são tolerados e discutidos, orientados; mas a arrogância ou egocentrismo, que levam à malandragem, de jeito nenhum! Sou severa muitas vezes e tenho comigo que crio meus filhos para que contribuam na construção de um mundo melhor e, igualmente, para que sejam pessoas dignas, honestas e que tenham no próximo não um degrau a ser pisado e sim um possível amigo de obra.
Acho que faço um bom trabalho, pois os resultados são notórios e visíveis por todos! Por isso, meu amigo, acho que pais modernos demais, que não sabem equilibrar amor, respeito e educação; que misturam tudo e confundem com permissividade, sofrem. E depois lamentam e ficam perguntando "onde foi que erramos?"... Erraram nas bases e nos princípios...
Grande beijo,
Jackie

carlos roberto disse...

A família atual, com exceções, é claro, não tem disciplina, não respeita regras, não impõe limites. Pais e filhos vivem vidas distintas, divorciadas do interesse comum. Cada uma se preocupa com seus próprios problemas. Não sentam, por exemplo, numa mesa para almoçar e jantar.

É preciso mudar! Família é união, amizade, parceria, amor!

Belo postagem!

Um abração...

Unknown disse...

Bem, o texto é ótimo, mas, o titulo ja diz tudo.

Paulão disse...

Olá Edu,

a família é a célula base de qualquer sociedade. A desordem da vida cotidiana e o caos social são sintomas da destruição dos laços familiares. Amor, amizade, respeito, confiança e companherismo são elementos que sempre devem estar presentes no seio familiar.

Gracias pela participação

Paulo

Paulão disse...

Ola Sam,

muito obrigado pela tua participação. concordo com as tuas observações.

Abraço

Paulo

Paulão disse...

Buenas Jackie,

vemos muitos exemplos, tanto de relações ruins, como de boas. Seria interessante achar o ponto de equilíbrio. Muitoa querem compensar a falta de carinho ou presença com dinheiro e mimos. Já ficou comprovado que não dá certo.Então, deve-se arrumar a fórmula mágica que é uma para cada família.

Gracias pela participação

Paulo

Paulão disse...

Buenas Carlos,

concordo com tudo que tu falaste e assino em baixo.

Gracias,

Paulo

Paulão disse...

Buenas Joselito,

o título é o resumo do post.

abraços

Paulo

Eliana Pyhn disse...

Extraordinario este artigo. Que todos possam refletir bastante a respeito da posicaao que ocupam na celula familiar, refletindo a respeito do egoismo,do desamor, do individualismo, grosseirias e outros comportamentos desastrosos que enfraquecem as relacoes em familia.
Dra Alice Carrozo todo o meu carinho.

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