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6 de abril de 2012

Vibradores, quando usar



VIBRADORES USAR OU NÃO?

O assunto é muito comentado e as opiniões divergem, uma vez que ainda é tabu para muitas lésbicas e para outras não já que a idéia é encarada de maneira tranquila.

Há lésbicas que não aceitam qualquer tipo de simbologia fálica e se posicionam absolutamente contra por achar que não é nada excitante, mas há também mulheres que amam mulheres que não se incomodam e, vêem como um simples objeto de prazer e que utilizar um vibrador ou similar faz parte apenas do jogo sexual admitido entre ambas.

Os vibradores permitem maior estimulação genital e devem ser escolhidos de acordo com a preferência de cada pessoa. O principal critério para a sua seleção é saber qual é a zona de estimulação favorita, seja a zona externa preferencialmente a clitoriana ou o interior da vagina.

Atualmente, no mercado há vibradores de todos os tipos, desde os que são fiéis ao formato do membro masculino até mesmo os que passariam despercebidos por ter o formato de um batom. A tendência é que os produtos sejam cada vez mais sutis, podendo passar até mesmo por brinquedos e não necessariamente o formato fálico. A nova geração de produtos eróticos saiu da mesmice dos vibradores com cor e formato de pênis, para dar espaço a um mercado muito mais criativo e discreto e sem criar qualquer constrangimento e, prontos para apimentar a relação sexual.

A rejeição ao uso ocorre em alguns casos, devido ao fato da lésbica não saber o que sua parceira vai pensar sobre suas vontades. Em outros casos, se dá devido à crença de que ao usar com sua parceira poderá sentir-se “ameaçada”, uma vez que se ela gostar possivelmente poderá querer um homem de verdade e não o artificial. O que não tem nada a ver com a realidade, afinal uma mulher que deseja outra mulher não mudará sua orientação sexual, apenas pelo uso de um objeto.

Há também, confusões e dúvidas uma vez que se foi sugerido pela parceira é sinal que ela é hetero, o que também não é real.

Para outra parcela de lésbicas, a sugestão é vista de maneira natural, não havendo problemas em ter um acessório erótico e usá-lo durante a transa.

Apesar de ainda haver rejeições, o número de lésbicas que estão experimentando cresce, uma vez que elas estão conversando mais a respeito e procurando mais informações sobre as novidades do mercado. E também, pelo fato de que a maneira como o tema é encarado está sendo modificada, onde o que mais chama a atenção é pela penetração e os prazeres oferecido e não o objeto de uso. Muitas declaram que o prazer é intensificado por ser manipulado por outra mulher, com jeito e cheiro feminino, contando aí muito mais a maneira como é feito.

Usar um vibrador não quer dizer que sua parceira deseja um homem, nem que acredita ou quer ser um homem, mas que dá abertura para novas maneiras de sentir prazer, sem pudores, preconceitos, inseguranças ou encanações.

Óbvio que a decisão de usar ou não é pessoal, como poderá ser também decidida pelo casal, mas que as opiniões sejam respeitadas e desde que não agrida nenhuma das partes.

Se for o caso de você querer experimentar, dê preferência para algo inofensivo, há no mercado uma gama de produtos que podem ser escolhidos por ambas.

A opção do uso pelo vibrador precisa ser encarada como um brinquedo sensual, com a finalidade de proporcionar mais prazer e não que sua parceira está insatisfeita com você ou algo do tipo. O diálogo franco é a saída para sanar todas as dúvidas entre o casal.

Independente da decisão é muito importante lembrar que sexo precisa ser prazeroso para ambas, é preciso haver respeito, sensualidade. Há casais que são muito felizes sem utilizar qualquer objeto, mas se em sua relação é interessante, por que não?

Respeite sua parceira e o principal, respeite-se!



Fonte e texto: Liliam Mendes - Parada Lésbica

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