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17 de outubro de 2010

Gestação e desejo sexual

Apenas 25% das gestantes perdem o desejo sexual

Cerca de 40% das mulheres disseram desejar sexo tanto quanto antes de engravidarem

Um estudo do Hospital de Santa Maria, em Portugal, publicado recentemente no The Journal of Sexual Medicine, entrevistou 188 mulheres entre 17 e 40 anos que deram à luz nesse hospital, sobre seus hábitos sexuais durante a gestação e concluiu que para a grande maioria o apetite sexual permanece durante a gravidez. Cerca de 40% das mulheres disseram desejar sexo tanto quanto antes de engravidarem. A perda do desejo sexual foi apontada por 25% das grávidas, e outras 42% responderam que se sentiram menos desejáveis.

 A pesquisa observou que 89% das mulheres não relataram a seu médico dificuldades na vida sexual nessa fase. Um quarto delas disse recear que a penetração vaginal prejudicasse a gravidez, entretanto, apenas três das participantes suspenderam completamente as relações sexuais até o nascimento do bebê. 

Em relação às "modalidades sexuais" mais praticadas, quase todas as mulheres sexualmente ativas durante a gravidez, informaram o coito vaginal, 38% relataram sexo oral, 20% relataram a masturbação e 7% praticaram o coito anal. 

Em relação às diferenças por trimestre, 55% das mães disse ter reduzido a atividade. Apenas 10% admitiram manter mais relações nesta altura do que nos outros períodos. O primeiro trimestre é o de maior atividade sexual (45%), seguido do segundo trimestre (36%). 

Os médicos advertem que em uma gravidez sem riscos, as relações sexuais não trazem quaisquer problemas. O medo mais comum entre os casais é a penetração, pois muitos temem que o pênis machuque o bebê. Porém, isso é impossível; o feto no útero fica protegido por uma boa camada de músculos e é fechado por uma mucosa em sua entrada. Outro mito é o de que as contrações da vagina provocadas na hora do orgasmo possam acelerar o momento do trabalho de parto. 

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