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7 de setembro de 2012

Fórmula da felicidade




Deixe as regras de lado e seja feliz

Na vida de qualquer pessoa, é natural e quase automático seguir determinadas regras. Ainda pequenos começamos a aprender o que podemos e o que não podemos fazer ou falar em determinados lugares, como andar na rua, como pedir, como agradecer, como se desculpar, fora uma imensa lista de outras coisas cotidianas. A grande maioria dessas regras foi inventada pela nossa cultura, e devemos simplesmente aceitá-las, a menos que queiramos ser repreeendidos. Assim sendo, enquanto uma criança tem a “licença” para se sujar ao comer, espera-se que um adulto não se suje nas refeições. 

Existem, no entanto, algumas regras mais “básicas” do que outras. Saber comer ou pedir “por favor”, por exemplo, são exemplos destas. Outras, por sua vez, não são tão “obrigatórias” assim, havendo a possibilidade de cada um fazer do seu jeito. Se todos nós somos “obrigados” a sair na rua usando roupas, o estilo que cada um vai usar é variável, cada pessoa escolhendo o seu. 

Há ainda regras que sequer são regras. Estas podem ser vistas como conselhos, sugestões, opiniões, e que podem ser ou não aceitos, sem consequências objetivas diante do descumprimento. Todo mundo sabe, por exemplo, que é importante comer alimentos saudáveis, porém isto está longe de ser uma norma. Cada um faz o que quer, em sintonia com sua própria consciência. 

Acontece, porém, que às vezes, sem que percebamos, encaramos estas sugestões/opiniões/conselhos como normas rígidas, e acabamos seguindo-as à risca, como se não pudéssemos fazer diferente. O resultado, em muitos casos, é que acabamos nos cansando do que nós mesmos inventamos que precisamos fazer. Nos sentimos, portanto, escravos das regras que sequer são regras. 

Fazer exercício é um bom exemplo. É evidente que todo mundo sabe que faz bem, é um hábito saudável, que traz inúmeros benefícios. Quando o exercício se torna uma obrigação, no entanto, ele acaba se tornando insuportável, mesmo que seja algo de que gostemos muito. Beber muito e com frequência é outro exemplo. Ninguém tem dúvidas de que esse hábito pode prejudicar a saúde, mas se uma pessoa se priva completamente de tomar um vinho ou uma cerveja (ou qualquer outra bebida!) socialmente, ocasionalmente, apenas para relaxar, pode se sentir privada de um prazer. Com a comida o princípio é o mesmo. Se ninguém duvida que comer doce demais pode nos levar a engordar, radicalizar e cortar completamente o doce pode nos levar ao desespero! 

Isso tudo sem falar nas regras que inventamos para os relacionamentos. Quantas vezes nos roemos por dentro querendo ligar para algum(a) pretendente, mas não o fazemos “senão ele(a) vai pensar que sou isso ou aquilo”? Quantas vezes escolhemos criteriosamente o que vamos dizer durante um encontro, para passarmos a impressão de sermos pessoas corretas, dignas, interessantes? Existem também regras para quando dizer “eu te amo”, quando pedir em namoro, quando fazer sexo pela primeira vez, quando apresentar o(a) namorado(a) para a família... 

É tanta regra, para tanta coisa, que podemos acabar vivendo conforme uma espécie de manual. E é claro que viver assim cansa! Por isso, que tal tentar ser mais flexível e não seguir tudo isso tão à risca assim? Que tal encontrar um meio termo entre ter regra para tudo e não ter regra nenhuma? Que tal ficar só com as regras essenciais, e abolir as demais do cotidiano? Faz bem sair da rotina, faz bem transgredir de maneira saudável, faz bem agir mais com o coração do que com a razão. Tente fazer esse exercício: deixe que os seus sentimentos ditem as regras, e seja feliz!

Por: Dra. Mariana Santiago de Matos - Psicóloga


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