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31 de julho de 2010

Lesões da corrida

Conheça as principais lesões da corrida
Por David Homsi 

Existem algumas lesões que são típicas de atleta. Quem não teve nada até hoje, certamente terá chances de ter uma patologia no futuro. O pentagrama ao lado, mostra cada uma delas. Vou explicar uma a uma:

Fraturas por estresse: as mais comuns em atletas de corrida são na tíbia, calcâneo e no terceiro metatarso. As fraturas por estresse antigamente eram exclusivas dos atletas profissionais, mas hoje a realidade é outra. Elas acometem atletas amadores, de fim de semana e até atletas de academia. As fraturas por estresse são micro-fraturas nos ossos ocasionadas pela quantidade de impacto, que solicitam assim mais dos ossos causando a substituição da deformação elástica pela deformação plástica.

Síndrome da dor patelo femoral: ou também conhecida como dor anterior no joelho. Esta é mais comum em mulheres. Isso porque elas têm o quadril mais largo que os homens. Isso faz com que o ângulo do fêmur (osso da coxa) seja maior, aumentando a possibilidade de ter esta patologia.

Síndrome do trato ílio-tibial: é uma lesão por estresse ou sobrecarga causada pela fricção excessiva do trato ilitibial com o epicôndilo lateral do fêmur.

Tendinopatias: Na década de 90, eram conhecidas como, tendinites, paratendinites ou tendinoses. Hoje usamos o termo tendinopatias para definir melhor o que acontece no tendão inflamado, sendo os mais comuns: tendão patelar, tendão quadriciptal, tendinite da pata de ganso, tendinite do tracto ílio tibial (ou banda ílio tibial).

Fascíite plantar: é a inflamação na estrutura de sustentação da sola dos pés. O sintoma principal é dor ao redor da base do calcâneo e no arco. Normalmente a pessoa sente essa dor pela manhã ao sair da cama.

Entorses: pode ser uma sobrecarga grave, estiramento ou laceração de tecidos moles como cápsula articular, ligamentos, tendões ou músculos. Existem três graus para essa patologia.

  • Grau I – nesse estágio o ligamento é preservado, e o atleta sente leve dor ligamentar com edema local.

  • Grau II – já há frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso e mais o hematoma.

  • Grau III – ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.


O que fazer para prevenir lesões -

Primeiro o atleta deve usar um bom tênis de acordo com o tipo de pisada. Além disso, deve escolher um profissional de educação física capacitado para orientar e passar os treinos por planilha (o treinamento deve ser específico para cada corredor, não existe treinos iguais para duas pessoas diferentes ).

O professor de educação física também deve estar apto para ajudar no trabalho de musculação e alongamentos, pois sabemos que o alongamento promove o aumento da flexibilidade do músculo e do tendão, melhora a viscosidade do tendão deixando-o mais forte e estruturado (absorvendo mais o impacto da corrida).

  • Aumentar gradualmente a carga de treino, tanto em distância quanto em tempo.
  • Correr em solos diferentes (grama, asfalto, terra).

  • Dar descanso adequado ao tênis. Para isso o corredor deve utilizar dois pares de tênis e dar um descanso de 24 horas entre eles para voltar as propriedades de absorção de impacto do calçado.

  • Nunca competir com um tênis que você acabou de comprar. O corredor deve se adaptar a ele em seus treinos primeiro.

  • O tênis limpo não significa que ele é novo, pois o desgaste se dá na entressola e não é possível observar isso.

  • Tenha também sempre o acompanhamento de profissionais da área da saúde: médicos do esporte, fisioterapeuta, nutricionista e seu professor de educação física. Qualquer dor, cansaço e mau rendimento, devem ser comunicados ao professor, ele estará apto a ajudar. Bons treinos!


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