Porto Alegre terá serviço de aluguel de bicicletas
A Capital gaúcha irá constar oficialmente no mapa das cidades que disponibilizam bicicletas para a população. Um edital assinado ontem entre a prefeitura e a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) prevê que empresas concorram para, ainda este ano, construírem bicicletários de locação de transporte em duas rodas – não motorizado – nas áreas centrais, centro-sul e norte do município.
Aideia inicial é de que pelo menos 30 pontos sejam colocados à disposição dos moradores. Desafogar o trânsito por meio de uma nova consciência. Este é o conceito central do projeto que irá ampliar o transporte coletivo de Porto Alegre dos ônibus, metrô e lotações também para as bicicletas. O projeto é semelhante aos que já ocorrem em Barcelona, na Espanha e no Rio de Janeiro. A intenção é de que o aluguel custe R$ 5 por dia e R$ 10 por mês.
A diferença – e a vantagem – da capital gaúcha em relação a essas cidades é que a EPTC pretende englobar a utilização dos cartões TRI e SIM (trem) para locar bicicletas, com a intenção de gerar comodidade aos usuários.
O aluguel de bicicletas deverá ser utilizado apenas por adultos ou adolescentes com mais de 16 anos. Os veículos, estilizados e igualmente identificados, terão acompanhamento, controle e fiscalização da EPTC, o que evita o risco de roubo ou sumiço.
– Mas é preciso se cadastrar a fim de ter uma senha para utilizar as bicicletas a cada locação. Os valores são mais a título de cadastramento do que propriamente pela prestação do serviço – explica Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.
A empresa vencedora da licitação será responsável pela implantação e gestão dos bicicletários. A EPTC, por outro lado, irá fiscalizar o serviço, que deverá ter 600 bicicletas para locação. As empresas concorrentes terão 30 dias, a partir de hoje, para apresentar um projeto que será avaliado 15 dias após entregue.
Intenção é incentivar a população a utilizar esse meio de transporte
– A intenção é incentivar o uso. Em pesquisas realizadas, identificamos que a dificuldade de andar de bicicleta em Porto Alegre ocorre muito devido ao sistema funcional de cada cidadão. Ele (o usuário) tem que tirá-la bicicleta de casa, guardá-la. Isso gera uma dificuldade para usá-la frequentemente – explica Cappellari, que acrescenta que o objetivo é facilitar o uso:
– Trabalhamos na mudança de comportamento, que se passe a respeitar o ciclista naturalmente no meio do trânsito.
Projetos como a ciclovia da Restinga apontam para isso: conforme a EPTC, houve uma redução de 60% no número de acidentes com ciclistas depois de concluída a obra.
Fonte: zero hora e CMCPOA