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28 de fevereiro de 2011

Depressão pós-férias

Saiba como prevenir a depressão pós-férias

O mercado de trabalho tem exigido muito empenho dos profissionais. Excesso de horas de trabalho, acúmulo de funções e pressão da concorrência são exemplos de motivos que podem levar um trabalhador a desenvolver estresse. E engana-se quem pensa que basta tirar férias e relaxar para se livrar do problema.

 Muito pelo contrário! Colaboradores nessa situação podem regressar ao trabalho com depressão pós-férias. É o que afirmam alguns médicos.

O consultor Anderson Cavalcante, autor do livro "O que realmente importa" (Editora Gente, 2009), garante que depressão pós-férias é uma doença mais comum entre pessoas de 35 e 49 anos. "É nesta idade que, apesar de já ter algumas conquistas pessoais e profissionais, as pessoas podem se sentir vazias e angustiadas", diz. "O desejo de ter certeza sobre sua missão se torna muito forte e a sensação de ter perdido tempo, ou ter se desviado do caminho, pode aparecer", completa.

nderson conta que, apesar de não haver pesquisas comprovadas, ele acredita que esta patologia é mais comum entre mulheres. "Isso ocorre devido aos inúmeros papéis e responsabilidades que as mulheres têm assumido em suas vidas, e pela sua autocobrança exagerada", explica. Segundo o Ministério da Saúde, cada ver mais mulheres sofrem de doenças no mercado de trabalho, antes tipicamente masculinas. O motivo seria a entrada das mulheres no mundo corporativo.

Os funcionários do setor privado são os que mais sofrem. Isso porque as equipes estão cada vez mais reduzidas e os trabalhadores sobrecarregados. "Tais fatores geram uma sobrecarga e aumentam o estresse, além do desgaste emocional e físico. Isso tudo, somado à falta de um propósito, torna esse profissional um forte candidato a sofrer de depressão pós-férias", relata Cavalcante.

O consultor lembrou que Peter Drucker, o mais importante pensador de gestão do mundo, dizia que era preciso ter uma missão, uma causa nobre, algo que lhe motivasse no trabalho. Seria por isso que as ONGs conseguiam um desempenho melhor, se comparadas aos setores privados ou governamentais.

Cavalcante revela ainda os sintomas mais típicos da depressão pós-férias: "Dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta, dor de estômago (gastrite e até úlcera), hipertensão, insônia, queda de cabelo e até mesmo casos de infertilidade". Esta é uma patologia que pode ser curada com descanso e recolocação profissional, desde que seja tratado no início. Para pessoas em estados mais graves é recomendado procurar ajuda psiquiátrica e terapêutica.

O consultor recomenda que se trace metas, mas não somente materiais. Ele sugere leituras de livros, caminhadas ou simplesmente uma visita sem pressa a algum amigo. "Use a sua imaginação, mas crie objetivos que façam com que você curta as coisas boas da vida, que viva tudo aquilo que realmente importa para você. Por fim, faça um plano de ação, e se comprometa com a pessoa mais importante da sua vida: você mesmo", sugere Anderson.

Fonte e texto: Bianca de Souza (MBPress)

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