Revista pornô tátil: erotismo ao alcance de todos

Muitos de nós fazemos da visão a nossa principal fonte de excitação: o lindo par de pernas que passa em nossa frente, os planos fotográficos dos filmes pornôs, a realização de fantasias eróticas que envolvem roupas e cenários; Quase tudo envolve nossa visão, que envolve nossos sentidos e sensações. É por isso que ser (estar) cego é, para muitos, ser privado de um importante recurso de excitação sexual.
Nos anos 70 a Playboy, sabendo disso, publicou uma edição em braille. Mas somente os textos foram adaptados, não as imagens. A questão é: por mais maravilhosos que fossem os textos, quantas pessoas que enxergam comprariam uma Playboy sem imagens?

Obviamente, é dificil para os que enxergam verem erotismo nas imagens em braille. As poucas fotos divulgadas da revista, que circulam na internet, não me parecem muito agradáveis, são, inclusive, um pouco fantasiosas: homens rôbos, mulheres com cabeça “quadrada”, corpos grossamente desenhados etc.
Será que os cegos se interessam realmente por essas representações de erotismo? Talvez as imagens sejam mais atraentes para os dedos do que para os olhos, não sei. A iniciativa é boa, agora, podemos avançar e pensar em como levar para os cegos algo mais artístico sobre o nú e o erotismo, penso que o nú comum, o corpo seco: peito, bunda, perna, vagina e pênis, eles já devem ter “tocado”.
A revista tem 17 imagens e custa 150 dólares, ou seja, “nem todo cego pode ver” imagens eróticas (desculpem o trocadilho); principalmente se considerarmos que, segundo a autora da revista, não há outros livros ou revistas de nus tátil para adultos.
Por ABEME