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26 de junho de 2011

Barulho vs estresse

Barulho em excesso pode causar estresse e perda auditiva

Normalmente o portador de problemas na audição relata uma história prolongada de exposição a níveis de ruído elevados

Buzina, avião, sirene, música alta, moto, britadeira. Quem não fica incomodado com tanto barulho nas grandes cidades? Pois essa desagradável sinfonia pode causar não só irritação, mas também problemas auditivos e, a longo prazo, aumentar o estresse.  Especialistas advertem que a cautela para evitar esse tipo de exposição exagerada é indispensável para não comprometer a saúde. 

Porém, para quem trabalha exposto a ruídos incessantes — como em fábricas ou indústrias —, ou mora próximo a aeroportos, por exemplo, fugir da barulheira é missão impossível. Um estudo feito pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) mostrou que trinta mil paulistanos sofrem diariamente com níveis elevados do aeroporto de Congonhas. Se levarmos a realidade para Porto Alegre, veremos que a situação não é muito diferente.

A fonoaudióloga Isabela Gomes alerta que não só perto de aeroportos, mas em muitos locais nos grandes centros urbanos, medições de ruído mostram alarmantes 90 decibéis — capazes de ensurdecer. O nível máximo de conforto é de 55 decibéis no período diurno e de 50 decibéis no período noturno. 

Segundo especialistas, normalmente o portador de problemas na audição relata uma história prolongada de exposição a níveis de ruído elevados, maiores de 85 decibéis (dB). Essas pessoas estão sujeitais a desenvolverem perda auditiva, inicialmente nas frequências agudas. É comum que elas reclamem de dificuldades no entendimento da fala e mais tarde, com a evolução da doença, um comprometimento no meio social e até depressão.

Nem todo mundo responde da mesma forma aos ruídos. O grave é que estão aumentando vertiginosamente os casos de surdez, entre outros distúrbios, devido ao estresse causado por locais barulhentos. E muitas vezes, é dentro de casa que mora o perigo: rádios, TVs e outros aparelhos ligados simultaneamente já provocam uma reação no organismo. Dores de cabeça frequentes, problemas estomacais, aumento da pressão arterial e insônia podem estar relacionadas com a poluição sonora.

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Otologia, 20% da população já sofre com problemas de zumbido — o que no Brasil, equivale a 30 milhões de habitantes. E 5% desses problemas são causados pelo mau uso de aparelhos sonoros, como os mp3 players. 

— O uso de iPods e similares representa um risco muito alto para a saúde auditiva, pois os fones estão inseridos no canal auditivo e levam o som diretamente à membrana timpânica, sem nenhum meio de proteção às delicadas estruturas que compõem o ouvido interno — explica Silvio Caldas, presidente da sociedade.

No caso de perda auditiva, o ideal é consultar um especialista, fazer um exame chamado audiometria para detectar se já existe algum dano à audição e obter as orientações necessárias para prevenir ou impedir o agravamento do problema. E para quem quer se proteger do barulho, a saída são os protetores auriculares. 

Vale lembrar que a perda auditiva é cumulativa, e a prevenção deve ocorrer o quanto antes: ou teremos uma geração de surdos cada vez mais cedo.  

Escala de decibéis

Silêncio total: 0 dB

Sussurro: 15 dB

Conversa normal: 60 dB

Voz humana (alta): 75 dB

Máquina de cortar grama: 90 dB

Ruído do metrô: 90 dB

Buzina de automóvel: 110 dB

Trovão forte: 120 dB

Show de rock: 120 dB

Tiro ou rojão: 140 dB

Fonte: Caderno Vida ZH

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